sexta-feira, 25 de março de 2005

Aplausos e ramos

No dia em que meu Senhor
Foi recebido com aplausos e ramos,
Todos pensavam prestar-lhe homenagem.
Ele, porém, seguia montado em um jumentinho.

Será que não viam
Que aquela montaria significava, não a chegada de um rei,
Mas daquele de quem os profetas haviam falado?


No dia em que meu Senhor
Foi recebido com aplausos e ramos,
Queriam um libertador.
Queriam alguém que os ajudasse vencer o povo que os oprimia.

Será que não se deram conta
De que ele estava disposto a libertá-los de algo pior?
Algo, que, além de oprimir, os condenava a viver para si próprios?


Hoje, quando vejo meu Senhor
Ser recebido com aplausos e ramos,
Fico pensando:
Será que não percebem que ele nos liberta de nós mesmos?
Da nossa tendência de louvá-lo com segundas intenções?
De exaltar seu nome esperando que depois ele faça o que desejamos?

Senhor,
Tu que já fostes recebido em meu coração,
Perdoa minha vida hipócrita, que te louva e estende ramos,
Mas não se dispõe a obedecer-te.

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