segunda-feira, 11 de abril de 2005

A necessidade do templo ser purificado

Quando Moisés, no deserto, consagrou o Tabernáculo, Deus o confirmou com fogo dos céus que queimou as ofertas que haviam sido postas sobre o altar. O mesmo se repetiu quando Salomão consagrou o Templo em Jerusalém mais de mil anos depois.

Em ambos os casos aquele “fogo celeste” deveria ser mantido aceso, sendo esta uma das principais tarefas dos sacerdotes. Todos os holocaustos deviam ser queimados com aquele fogo. Nadabe e Abiú foram mortos por terem oferecido holocausto com “fogo estranho”.

No Tabernáculo o fogo foi apagado quando os filisteus tomaram a Arca da Aliança. No Templo, quando Judá foi levado cativo à Babilônia.

Ao voltarem do cativeiro, Neemias e outros reergueram Jerusalém e o Templo. Entretanto não encontramos nenhuma alusão de que o Senhor, por ocasião da reconsagração, tenha feito o mesmo. Não “desceu fogo dos céus” para consumir as ofertas postas no altar.

À vista disso muitos estudiosos, não acreditam que o Templo reedificado por Neemias, e, melhorado por Herodes, nos dias de Jesus, tenha sido “recebido” por Deus.

Ora, hoje, relembramos o dia em que nosso Senhor e Salvador, dirige-se ao templo, sabendo que seria a vítima. Sabendo que seria condenado e morto como acontecia com cordeiros pascais que simbolizavam a libertação do povo de Deus. Ele era a verdadeira libertação.

Se aquele Templo, nos dias de Neemias, não fora recebido por Deus, agora a presença do verdadeiro Cordeiro o tornará aceitável, pois se refere a ele como “a minha casa”.

Porém essa aprovação dura apenas alguns dias: entre a segunda-feira, quando ele o purificou, e a sexta-feira, hora em que o verdadeiro véu foi rasgado na cruz (não deixe de ler Hb 10.11-25).

Entretanto, pela graça divina, outro templo receberá a aprovação de Deus. Na realidade, outros templos. No dia de Pentecostes, aquele mesmo fogo que queimou as ofertas na consagração do Tabernáculo e na consagração do Templo, se manifestará sobre cada membro da Igreja tornando cada um, Templo do Espírito Santo.

O dia em que Jesus é recebido com ramos nos lembra, que a verdadeira vítima vinha espontaneamente ao Templo, porém estava sendo recepcionado de modo errado: não como o Cordeiro de Deus, mas como aquele que poderia comandar o povo contra os estrangeiros que os dominava. Lembra-nos também que para usar o Templo é necessário purificá-lo primeiro.

Como Templos do Senhor não rejeitemos a purificação que ele fizer em nossas vidas. Não tragamos o mundo para dentro de nós, mundanizando-nos. Nem nos tornemos “covis de salteadores” mercadejando a fé.

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