quinta-feira, 16 de junho de 2005

Os governantes e a Graça Comum

Quando Salomão era rei de Israel ele escreveu: "Se vires em alguma província opressão de pobres e o roubo em lugar do direito e da justiça, não te maravilhes de semelhante caso; porque o que está alto tem acima de si outro mais alto que o explora, e sobre estes há ainda outros mais elevados que também exploram".

O que vimos esta semana foi apenas o "tornar-se público" de algo que, pelos comentários feitos, não é novo em nossa pátria, e, pela Bíblia, não é novo na humanidade.

Causa tristeza e dor. Causa desesperança e revolta. Porém, causa também a certeza da misericórdia divina.

Deus, apesar de tudo, "faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos". Não há dúvida também da ira divina sobre os que não aproveitam suas benditas graças para fazer o que é bom. Pelo contrário, não fazem caso de cometer o que desagrada ao Senhor que misericordiosamente continua lhes abençoando.

"Acaso não fará justiça o juiz de toda terra?"

- Não voto mais em ninguém! Me disse um amigo. Não creio que esta seja a melhor opção. Mesmo que aquele em quem confiamos nosso voto não se revele digno dele, devemos nos lembrar de que Deus o constituiu seu
ministro atendendo nossa vontade expressa nas urnas. Ele haverá de acertar-se com Deus.

Acertar-se-á não apenas por ter desprezado sua graça, mas por ter feito isso sendo um ministro seu.

Acertar-se-á pois apesar de receber de Deus o sol, a chuva, e muito mais, é um ministro de Deus para o bem comum. Para promulgação de leis, para desvelar-se pelos interesses dos menos privilegiados, que sofrem
as vicissitudes da vida.

Reparou? São todos beneficiários da graça comum, e, portanto objetos do cuidado do Espírito Santo que é o aplicador dela. Mas são também instrumentos de distribuição de outros aspectos da mesma graça, e, portanto instrumentos do mesmo Espírito.

Quão importante é a missão deles! Quanto Deus lhes cobrará! "A quem muito foi dado muito será exigido". Disse-nos nosso Senhor e Mestre.

Apesar de Deus os conhecer melhor do que nós, não deixemos de apresentá-los, todos, diante de Deus. Quando Nero era Cesar, Deus nos ordenou através do Apóstolo Paulo: "Orai pelos governantes e por todos os que estão investidos de autoridade". Certamente, é nosso dever pedir que Deus lhes conceda integridade, senso do dever e os abençoe. Porém é hora, também, de fazer nossa queixa diante do Senhor.

Ele nos atenderá!

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