sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Vou celebrar o nascimento de meu Senhor

Vou celebrar, de fato, o nascimento de nosso Senhor.

Vou, em primeiro lugar, manter na mente a razão que o levou a encarnar-se: não haver outra solução para nós.

Vou me lembrar constantemente de que isso significa o quanto eu sou incapaz e o quanto ele me ama.

Vou procurar, com todas as minhas forças, responder a este ato com todo o respeito e devoção que ele merece.
- Não vou trocar a alegria que brota em minha alma pela alegria efêmera da comida e da bebida.
- Não vou desejar feliz natal sem de fato querer que a pessoa a quem me dirija tenha realmente um feliz natal, nem que eu tenha de contribuir para isso.
- Não vou limitar minha contribuição a presentes, a banquetes a festas. Contribuirei com amor abnegado, com bondade, com meu desejo mais sincero e com o anúncio claro de que Jesus nasceu para que o Pai seja glorificado nas alturas e aqueles, aos quais ele quer bem, tenham paz na terra.
- Vou trocar a algazarra das festas inconseqüentes pelo sorriso sincero e pelas palavras bondosas.
- Vou trocar os gritos por cânticos de louvor e os cânticos vazios por orações gratas como chuvas de verão e intensas como lágrimas de alegria.

Vou tê-lo como o maior bem que recebi. Como aquilo que eu menos merecia. Como aquilo que não posso viver sem.

Vou depositar a seus pés meu “eu”. E depois de entregar-me. Entregarei tudo aquilo de mais caro que ele me deu: minha família, meus amigos e meu futuro.

Vou deixar de ser “rei mago de minha vida” para tornar-me seu servo alegre em dividir com ele a manjedoura em que sua mãe o deitou e a cruz em que eu o preguei.

Não me furtarei a servi-lo. Seu gosto será o meu. Suas ordens o meu prazer. Sua vontade meu deleite.

E quando chegar o final do dia de seu aniversário me lembrarei que o dia de amanhã não será menos importante. Não será diferente. Começarei tudo de novo, pois, afinal, ele não nasceu apenas em Belém ele nasceu também em meu coração.

Um comentário:

Oliveira disse...

Caro Reverendo

Este seu ministério virtual é realmente um "perfume" aos "ouvidos".

Gostei demais:
"Vou depositar a seus pés meu “eu”. E depois de entregar-me. Entregarei tudo aquilo de mais caro que ele me deu: minha família, meus amigos e meu futuro. Vou deixar de ser “rei mago de minha vida” para tornar-me seu servo alegre em dividir com ele a manjedoura em que sua mãe o deitou e a cruz em que eu o preguei."

Abraço