sábado, 22 de abril de 2006

As experiências diárias e a Palavra de Deus

De todos os desafios que nós cristãos enfrentamos nos dias de hoje, certamente o maior é entender e conviver com a constante tensão entre o que Deus nos ensina e o aprendemos pela experiência cotidiana.

Simplificando: Aprendemos da Palavra de Deus algo, entretanto sempre conhecemos alguém que é uma exceção àquilo.

Seria numeroso citar a quantidade de lugares em que somos alertados a esse respeito. Há testos terríveis nos alertando que mesmo que a nossa experiência seja com um “anjo de luz”, ainda assim a Palavra de Deus deve ter primazia. Ou seja: A Bíblia não foi revogada porque uma experiência contrária ao que ela ensina deu certo.

Primeiramente, devemos nos lembrar, que todas as experiências pelas quais passamos, e pelas quais ainda vamos passar, acontecem nessa vida. Na outra vida, na presença de Deus, o que vale é sua Palavra. Os “is” (i) e os “tis” (~) dela são mais estáveis do que o céu e a terra. Estes passam, aquela jamais.

Em segundo lugar devemos nos lembra que nossa vida atual é, em grande parte regida pelos sentidos. Os filósofos já a chamaram de vida sensorial, já que é impossível vivê-la apenas pela razão pura.

Observe: Se alguém perder o sentido da audição, ainda é pode viver com boa qualidade de vida. Mas o que diríamos se esta mesma pessoa perdesse também o sentido da visão? Sem estímulos sonoros e visuais, o coração continuaria batendo, os pulmões continuariam respirando, o sistema digestivo continuaria funcionando. Ou seja: biologicamente ela poderia viver com autonomia. Porém, como seriam suas decisões mais simples? Como seria seu viver em sociedade? E não se esqueça que ela ainda possuiria três outros sentidos.

A maioria de nossas experiências, acontecem através da visão e da audição. Porém, ambas podem ser afetadas. O que são as alucinações? Ou as impressões?

Há experiências de uma vida, que contrárias a Palavra do Senhor, foram abençoadas por ele, tão somente pela sua graça. Ou seja: O ato foi errado, mas, sem ter obrigação nenhuma para com os que o cometeram - já que o fizeram contra o pacto estabelecido por Deus - ele abençoou.

Porém, há experiências efêmeras, de origem completa e totalmente duvidosa - que podem ter origem em nossa imaginação, em um abalo psicológico, ou até no inimigo de nossas almas, que muitas vezes, trazidas ao convívio do Povo de Deus, são impostas como norma para ensino e até para interpretação das Escrituras.

A respeito disso somos advertidos pelo Senhor:

“Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.

Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal, e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus”.
Colossenses 2.16a19

Nenhum comentário: