sábado, 14 de julho de 2007

Chegou uma carta de Paulo!

Essa deve ter sido a notícia mais repetida na Igreja de Éfeso naqueles dias.

O último contato que tiveram com Paulo foi quando, voltando para Jerusalém, chamou os presbíteros a se encontrarem na praia de Mileto.

Naquela ocasião ele se despedira certo de que não se encontrariam mais. Exortou a que zelassem pelo rebanho do Senhor que estava naquela cidade e apressado partiu para Jerusalém a fim de comemorar o Pentecostes lá.

Logo depois souberam que ele estava preso em Cesaréia onde aguardava julgamento e dois anos mais tarde que ele tinha sido levado Roma pois apelara para César.

Uma carta agora deveria trazer novidades interessantes.

Paulo era muito querido naquela Igreja. A primeira vez que o viram fora há mais de quinze anos, quando ele voltava apressado de uma viagem à distante Macedônia.

Cerca de três anos depois, voltando de Jerusalém, encontrou em Éfeso seus queridos Priscila e Áquila e um grupo de judeus que pouco sabiam do Evangelho além dos ensinos de João, por quem haviam sido batizados. Então deteve-se por uma estação freqüentando a sinagoga.

Procurando persuadi-los de que o Messias que esperavam já viera não chegaram a bom termo, e Paulo alugou uma escola onde a Igreja firmou-se.

Permaneceu ali por mais de dois anos, e o Evangelho chegou a diversas cidades vizinhas.

A Igreja de Éfeso se desenvolveu muito, chegando a influenciar os costumes da cidade. Os artesãos que viviam da fabricação de miniaturas do templo de Diana – a deusa da cidade – sentiram uma queda nas vendas e revoltaram-se. Houve protestos e gritaria.

Quando foram dispersos pelas autoridade Paulo achou melhor partir: diminuiria os atritos e aproveitaria para visitar as Igrejas que fundara na Macedônia.

Agora chegava uma carta dele trazida por um de seus amigos mais próximos: Tíquico. Que novidades ela traria?

Reunida a Igreja a carta foi lida. A leitura foi rápida, afinal parecia o próprio Paulo falando, mas, os ensinos, as recomendações e as ordens demandariam bastante tempo de reflexão.

Na carta notava-se a preocupação dele com os judeus que insistem em mostrar a Igreja como se fosse uma nova fase do que eles ensinam.

Pelo contrário, Paulo explica como Deus chama, por sua graça a cada um e constitui a Igreja que é o que ele chama de “Noiva de Cristo”.

Sendo a Noiva de Cristo, a família altamente valorizada por Paulo, é algo que deve ser objeto de consideração e estima.

Mas a ele não poderia esquecer de como isso acontece na prática. Então dá ordens aos esposos, aos filhos aos servos e até os líderes da Igreja recebem incumbências específicas de como devem se portar e do que devem fazer.

Termina a carta exortando todos a que levem uma vida mais conforme essa realidade tão impressionante, e que reflita de modo mais claro as implicações do chamado de Deus em Cristo.

Ainda bem que Tíquico ia ficar por uns tempos. Vamos ter muito o que conversar.

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