domingo, 7 de dezembro de 2008

Meditação anual sobre o Pai Nosso (4ª Parte)

Porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre.

Amém.

Antes de examinar esta última frase convém lembrar que ela foi registrada apenas por Mateus. Lucas foi mais sucinto. Não é erro ou incoerência. Apenas registros de momentos diferentes.

Nenhum de nós seria tão ingênuo de pensar que o Senhor Jesus fez esta oração apenas uma vez, muito menos de acreditar que ele as repetiu ipsis verbis todas as vezes que orou. Mateus, que conviveu com ele, registrou uma forma mais longa da oração e Lucas que, como ele mesmo declara, pesquisou de diversas fontes, já que ele não conviveu com o Senhor, optou por uma forma mais curta.

***

Mas, voltando a frase... Sua função básica é explicar por que razão nos dirigimos a Deus como Pai e por que lhe fazemos aqueles pedidos: Porque dele é o reino. Dele é o poder. Dele é a glória. Ou seja: nos explica por que razão oramos.

Não oramos primariamente para satisfazer nossas necessidades, mas para fazer a vontade de nosso Senhor: Para bendizer seu nome, nos amoldarmos às realidades de seu reino, nos submetermos a seu poder e para o glorificarmos.

Bendizemos o seu nome desde o primeiro pedido - santificado seja o teu nome - e continuamos a fazê-lo quando desejamos a presença de seu reino e a realização que sua vontade seja feita na terra com a mesma diligência com que ela é feita nos céus. E quando pedimos o pão diário, o perdão de nossas dívidas e a proteção contra quedas ao sermos tentados, não há menor dúvida de que estamos atribuindo a ele - e a ele apenas - o atendimento de coisas tão importantes.

Amoldamo-nos às realidades de seu reino, quando buscamos em primeiro lugar aquilo que lhe diz respeito e depois nossas necessidades, mesmo que elas sejam tão prementes quanto o pão do dia. Não foi ele mesmo quem nos mandou buscar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça e garantiu que comida, bebida e vestes nos seriam acrescentadas?

Nos submetemos a seu poder não apenas quando desejamos a santidade de seu nome, ou pedimos a vinda de seu reino, ou ainda quando desejamos a pronta e perfeita consecução de sua vontade. O fazemos também quando nos admitimos incapazes de receber o pão que seja apenas nosso, mesmo que sua quantidade seja apenas para um dia. Igualmente quando não podemos pagar o que lhe devemos, mesmo que seja de modo imperfeito como fazemos com quem nos deve. E principalmente quando dependemos dele - e somente dele - para que não caiamos quando somos tentados, por aquilo que é mau, nossa própria cobiça ou o mundo, ou por aquele que é mau: o inimigo de nossas almas.

Creio que é impossível sermos tão abrangentes e ao mesmo tempo tão específicos com outras palavras que não as que nosso Mestre e Senhor nos ensinou.

Portanto, nunca percamos a oportunidade de dizer: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa tarde Pastor

Eu estava aguardando a conclusão. Que Deus continue a te abençoar.

Pastor, por favor, atualize os bolentins semanais da igreja, pois esta é a forma que utilizo pra saber e acompanhar os acontecimentos da nossa igreja.

Outra coisa Pastor, não querendo abusar, mas simplesmente sugerir, seria muito interessante ter suas pregações divulgadas na rede, como faz por exemplo o pastor Jaime Marcelino de Manaus http://www.fereformada.com.br/mensagens_jaime.asp)... seria muito bom te ouvir.

Um grande abraço.

Roberto.