quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Adorar a Jesus

Você já reparou que Jesus nunca recusou ser adorado? Examine as Escrituras Sagradas: sempre que alguém tenta adorar um anjo ele recusa a adoração e manda que a pessoa adore a Deus. Por exemplo: “Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus. Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia” (Ap 19.9-10).

Ainda bebê, com menos de dois anos, o Senhor Jesus foi adorado por uns magos que vieram do oriente: “Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra” (Mt 2.11).

Explicitamente os evangelhos narram que Jairo, o chefe da sinagoga de Cafarnaum, e pai cuja filha estava à morte foi suplicar por ela a Jesus e o adorou (Mc 9.18). Também a mulher canaanita, cuja filha estava endemoninhada, ao suplicar pela criança o adorou (Mt 15.25). Marcos diz que em Gadara um endemoninhado, que se flagelava pelos sepulcros sem descanso, ao vir Jesus correu ao seu encontro e o adorou suplicando que não o atormentasse (Mc 5.1-14).

Você deve ter notado que nestes últimos casos todos o adoraram antes de pedir alguma coisa. Diferentemente do cego que depois de curado, quando o reconheceu, o adorou agradecido (Jo 9.38).

Porém, sem usar explicitamente a palavra adorar, podemos ver claramente gestos de adoração em várias ocasiões.

Na casa do fariseu Simão, quando a pecadora cobriu os pés de Jesus com lágrimas, beijos e unguento precioso (Lc 7.36-50) fornecendo-lhe muito mais do que lhe fora negado pelo hospedeiro. Na casa de Maria, Marta e Lázaro quando a própria Maria derramou sobre a cabeça de Jesus um perfume tão caro que valia um ano de salário (Jo 12.3-5). E um dos dez leprosos curados prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus (Lc 17.15-16).

Não deixa de ser curioso ver que tantas pessoas se aproximaram de Jesus com pedidos e poucas com gratidão. O caso dos dez leprosos é um exemplo. Mais curioso ainda é que os que adoraram o Senhor Jesus antes de lhe pedir algo são mais numerosos do que aqueles que o adoraram em gratidão pelo que receberam.

Além dos textos já citados há outros três que não podem deixar de ser lembrados:

Quando Jesus ascendeu aos céus seus discípulos o adoraram (Lc 24.51-52). Certamente estavam convictos de sua divindade e já não tinham qualquer sobre o que acontecera ou sobre o que estava acontecendo.

Escrevendo aos Filipenses, que estavam fascinados por uma ideia estranha sobre Deus, o apóstolo Paulo, trata de mostrar-lhes o que Deus fez por nós através de Cristo e como nele tudo se inicia e se concretiza: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9.11).

E quando se refere a terra e céus é imperativo destacar: “E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1.6).

Ora, certamente nós, cristãos, não temos dúvidas de que devemos adorar a nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que, no dizer de um de nossos Credos, é “o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai; pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, e foi feito carne pelo Espírito Santo da Virgem Maria, e foi feito homem; e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos. Ele padeceu e foi sepultado; e no terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras; e subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim”.

Há algo de misterioso em se adorar um bebê. Há algo de misterioso em se adorar um homem. Porém, mais misterioso é Deus se fazer um de nós. Assumir nossa natureza por toda eternidade. E ele o fez. Glórias pois a ele.

Um comentário:

Abacate disse...

Acho q tem um erro no texto, nesta frase "Certamente estavam convictos de sua divindade e já não tinham qualquer sobre o que acontecera ou sobre o que estava acontecendo." Não está faltando alguma coisa?

Paz do Nosso Senhor Jesus Cristo. Engraçado é que eu estava discutindo justamente isto com minha esposa, e cheguei a falar a ela, que o Senhor Jesus Cristo, nunca rejeitou adoração, e que tudo que o Senhor Jesus é e demonstrou ser, não faria sentido se Ele não fosse o Próprio DEUS.