sábado, 15 de junho de 2013

O Povo de Deus (Parte 2)

No artigo passado vimos como o Povo de Deus que viveu antes de Jesus, Israel, foi usado por Deus, para preservar sua Revelação e como a Igreja, recebendo esta revelação, interpretada por seu próprio autor, tem agora a obrigação de levá-la a todo mundo.

Porém, deixei claro que Israel teve uma segunda missão: preservar a linhagem da qual nasceria o Messias.

A descendência de Eva foi preservada por Deus no dilúvio e Sem foi escolhido e um de seus descendentes, Abraão, recebeu de Deus sua Aliança.

Abrindo um pequeno parêntesis: Deus age assim: Por escolhas: Escolheu Noé, escolheu Abraão, escolheu Moisés, escolheu Davi... e, finalmente escolheu Maria.

Voltando. Desde cedo nosso inimigo maior atentou contra o “descendente da mulher” (aquele que ele julgava ser o Escolhido e que lhe pisaria a cabeça). Não foi por outra razão que tramou a morte de Abel, e afadigou-se em levor todos os patriarcas (inclusive Jó) a pecar contra o Altíssimo.

Não fosse a graça divina tornar Sara fértil apenas na velhice, de modo que sua gravidez sobrenatural e o nascimento de Isaque (aquele que acolheu com alegria as promessas) passaria despercebida. Algo semelhante sucedeu a Rebeca e embora os gêmeos em seu ventre ainda não houvessem feito coisa alguma, que pudesse caracterizar o pecado de um deles, Deus já havia dito: “o mais velho servirá ao mais moço”.

Não estou me esquecendo da natureza corrompida do homem que sempre desagrada e peca contra Deus sem precisar de ajuda. Mas há explicação melhor para a reincidência sistemática do erro no período dos Juízes do que a ação do maligno em todo o povo?

O pecado mais destacado nos dias dos Reis, segundo o próprio Deus, foi agir segundo as nações ao redor. E, durante os dias de Atalia, se não fosse a coragem de Jeosabeate a linhagem de Davi teria sido interrompida: “Vendo Atalia, mãe de Acazias, que seu filho era morto, levantou-se e destruiu toda a descendência real da casa de Judá. Mas Jeosabeate, filha do rei, tomou a Joás, filho de Acazias, e o furtou dentre os filhos do rei, aos quais matavam, e o pôs e à sua ama numa câmara interior; assim, Jeosabeate, a filha do rei Jeorão, mulher do sacerdote Joiada e irmã de Acazias, o escondeu de Atalia, e não foi morto.” (2Cr 22.10-11).

E assim podemos acompanhar todas as listas do cativeiro e finalmente as duas genealogias de nosso Senhor. A de Lucas que o filia a Adão, como semente da mulher que haverá de esmagar a cabeça da serpente (o que de fato fez) e a de Mateus o filia a Abraão com quem fez a Aliança do qual o próprio Jesus é o fiador.

Embotado em si mesmo Israel preservou a linhagem da qual nasceu nosso Senhor, que ao transformar a organização de seu povo na forma de Igreja o mandou ir por todas as nações e pregar seu Evangelho.

Um só povo. Uma só missão: Louvar a Deus! Dois períodos distintos: o de Israel e da Igreja com missões “sub-missões” distintas:

Em Israel destacou-se a proteção das Escrituras e da linhagem do Messias. Era época de Isolamento e isso chegou ao fim.

Com a Igreja a palavra de ordem é: Vão pelo mundo afora e divulguem a obra do Messias e como ele ensinou as Escritura. É época de missões!

Um comentário:

VOLTEMOS ÀS RAÍZES disse...

Parabéns pelo blog irmão Nogueira, mensagens edificantes. Que a potente mão do Senhor esteja contigo !!!